sexta-feira, 16 de abril de 2010
Artistas expressam opiniões sobre Imprensa
Com a ascensão do “gossip news “, muitos jornais e redes de TV deram espaço ao sensacionalismo abolindo o espírito investigativo, denunciante, “imparcial”, ético, inteligente e social que o jornalismo pode e deve proporcionar.
Muitos telespectadores e leitores confundem jornalismo sério de entretenimento barato e sensacionalista. O que muitos meios de comunicação fazem, sem querer generalizar, é banalizar o jornalismo.
Artistas esclarecem e expressam em nosso blog suas opiniões sobre Imprensa, especialmente quando se trata de suas Imagens.
José Wilker- “Eu não me reconheço em geral nas entrevistas que leio. Eu acho que muitas vezes, a grande imprensa já vem com a matéria pronta e não importa o que você responda, eles vão arrancar de você essa matéria. Eu dou um certo valor às palavras que depois, quando as vejo colocadas na revista ou jornal, não parecem minhas”.
Maitê Proença-“Houve um tipo de imprensa que cresceu muito e há uma demanda para isso. Há nos jornais uma miscelânea muito grande. Acho também que existem pessoas que ganham muito mal, que querem dar furos inacreditáveis e que não pesquisam o suficiente para falaram”.
Ney Latorraca- “Eu tenho a maior facilidade em lidar com a imprensa. Acho que deveria ter nas Escolas de Arte essa matéria; de como lidar com a imprensa”.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
IDEOLOGIA X PRÁTICA JORNALÍSTICA
A Cobertura da Mídia Impressa Americana nos cenários da Revolução Cubana
Entre 1957 até 1961, as notícias de jornais americanos, como o The New York Times geraram diferentes pontos de vista e com uma carga ideológica perceptível, principalmente a assuntos relacionados à Revolução Cubana e a figura de Fidel Castro.
Esse conflito pode ser evidenciado nos artigos feitos por Herbert Matthews e Hart Phillips ou Tad Szulc. Enquanto Matthews defendia Castro por acreditar estar cumprindo seu papel como jornalista, Tad Szulc além de ser contrário à Revolução e ao Fidel, era favorável à ideologia norte-americana, e conseqüentemente, obedecia e seguia a linha editorial do jornal.
Esse fato pode ser comprovado na manchete realizada no dia 02 de agosto de 1960. "Red Influence growing in Cuba behind Facade of the Revolution", Tad Szulc.
O jornalista Herbert Matthews distinguindo-se de seu companheiro de trabalho publicou a seguinte manchete no dia 04 de janeiro de 1959: " Cuba: First step to a new era"
Segundo Anthony de Palma, no livro "O Homem que inventou Fidel”, afirma que Matthews, o primeiro jornalista a entrevistar Fidel Castro, foi acusado de comunista, inocente, e traidor da pátria, devido às suas matérias.
A linha editorial do jornal, com maior retorno financeiro e credibilidade do mundo ocidental, segue uma ideologia sempre atrelada ao governo norte americano, que nunca ocultou seu desgosto pelo triunfo da Revolução e, promoveu e financiou movimentos e campanhas anti-revolucionárias por meio da mídia, com o objetivo de divulgar informações e manusear a opinião pública, desestabilizando a economia cubana e isolando-a do resto da comunidade internacional.
Os donos do "The New York Times", desde 1896, são membros de uma família tradicional e alemã, Ochs. A família implantou sua visão do que deveria ser o jornalismo e o implantou como uma bíblia para a opinião pública americana, com uma visão da realidade indiscutivelmente aceita por seus leitores.
Dentro do contexto dos estudos sobre os efeitos dos meios de comunicação na sociedade, percebe-se que a instituição Times, através da agenda-setting, sempre compreendeu e utilizou dessa hipótese. O jornal é apresentado como agente modificador da realidade social, apontando para o público, a seleção dos temas a serem discutidos e sobre o que se deve estar informado ou não.
Se houvesse qualquer possibilidade que um repórter tendesse para uma visão política não compatível com o Times, especialmente comunista, esse era investigado minuciosamente. Isso retira a autonomia do jornalista e o impede de exercer seu trabalho com ética e objetividade.
"Se houvesse o rumor de que um repórter do Times tendia para a esquerda, suas matérias eram lidas e relidas com vigilância pelos editores" (Talese, , 2000, p44)
Murais de Protesto durante a II Guerra Mundial na URSS
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) trouxe conseqüências devastadoras e catastróficas no mundo. A sublevação provocou a morte de aproximadamente 46 milhões de pessoas, morte de animais, miséria, fome, frio, falta de saneamento básico, desalojamento, além de perdas materiais como cidades, ferrovias, portos e pontes arruinadas.
A guerra intensificou o desenvolvimento da indústria bélica, da publicidade e também manifestações por meio de murais e pôsteres.
Quatro dias após a invasão da Alemanha na União Soviética, o artista Mikhail Cheremnykh chegou à Agencia de Telégrafo da União Soviética , TASS, com a caricatura de um soldado alemão, realizado em forma de pôster. O trabalho de Cheremnykh foi o primeiro de uma série de pôsteres de guerra realizados na URSS. Victor Deni, Dmitri Moor, Irakli Toidze, V S Ivanov, A A Kokorekin, B V Koretsky e outros também trouxeram importantes contribuições no campo da arte.
TV e Ney Latorraca
Considerado pela crítica como um dos melhores comediantes e atores da TV Brasileira, Antonio Ney Latorraca retorna a Minas Gerais, estado responsável por parte de sua formação.
Formado em Artes Dramáticas pela USP, Ney Latorraca iniciou sua carreira aos seis anos de idade, participando de radionovelas na Rádio Record.
Em 1975 entrou para a TV e no ano de 1991, o Brasil assistia ao sucesso de Vamp, em que Ney interpretava Vlad. Segundo o próprio artista, ele havia sido convidado a participar de apenas nove capítulos, mas devido ao sucesso de “Gotoso”, ele permaneceu até o fim da novela, decolando de vez sua carreira artística.
Latorraca define arte como sua grande amante e acredita que o primeiro público do ator é a própria equipe.
Aspectos políticos também estão presentes na vida de Ney, mesmo que de uma maneira mais introspectiva. “ Política e Arte não se entrelaçam, mas o artista tem que ser engajado”,
Dentre as virtudes caracterizadas pelo próprio ator, estão generosidade e senso de humor. “ Se você traz alegrias, já valeu a pena”, conclui.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Jornalismo e Mônica Waldvogel
Há entrevistas e personalidades que realmente nos impressionam. Como jornalista, confesso que essa gravação intensificou meu gosto pelo jornalismo.
Com uma bagagem de 27 anos de profissão, a jornalista Mônica Waldvogel agrega valores indispensáveis como ética, profissionalismo, carisma, objetividade, imparcialidade e credibilidade.
Mônica foi apresentada ao jornalismo por volta dos 12 anos, quando sua prima decidiu prestar vestibular para Jornalismo. Ao perguntar o que era jornalismo, sua prima respondeu “Jornalista é alguém que vai aos lugares onde as coisas acontecem”. Essa frase teve um impacto tão forte em sua vida que, Mônica graduou-se em Comunicação Social pela USP em 1980 e desde 1982 trabalha na TV.
Waldvogel já atuou nas três maiores emissoras do país- Globo, SBT e Record. Atualmente, apresenta os programas Entre Aspas e Saia Justa, ambos da Globo Sat. Mônica foi a idealizadora e responsável pelo conteúdo editorial do Saia Justa, um programa inspirado no “Manhattan Connection”, mas só com mulheres. O objetivo do programa não era apresentar às mulheres a fórmula da felicidade, mas mostrar seus conflitos, distinguindo-se dos programas de auto-ajuda. Já no Entre Aspas, Mônica comanda um debate, ao vivo, entre dois convidados que conversam sobre temas da atualidade.
Mônica também é reconhecida pelas diferentes editorias que atua, como política, economia e cultura. A jornalista além de ser testemunha de fatos históricos no Brasil, como a promulgação da Constituinte, mudanças de moeda, passagem de vários ministros da Fazenda e Presidentes, dentre outros, também realizou reportagens marcantes, pois para Mônica Waldvogel, reportagem é a nobreza do jornalismo
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